TRAÇOS COM RASTO
Eu não gostava muito de aguarelas, quando era pequenina pensava sempre que aquelas tintas, que tão facilmente se esborratavam e que se esvaíam para cada lado do papel, eram um atropelo às formas que eu ía delineando com o lápis.
Agora gostava imenso de ter tido mais paciência e de ter observado o suave fugir da côr, enquanto o papel, com aquela atitude tão orgânica, ía absorvendo a água colorida e formando os seus próprios padrões, à minha revelia!
Hoje uma menina falou-me de tintas e deixo aqui uma aguarela que muito me agrada e que me faz ter pena de não ser suficientemente abnegada para deixar que o papel me roube as formas...
Agora gostava imenso de ter tido mais paciência e de ter observado o suave fugir da côr, enquanto o papel, com aquela atitude tão orgânica, ía absorvendo a água colorida e formando os seus próprios padrões, à minha revelia!
Hoje uma menina falou-me de tintas e deixo aqui uma aguarela que muito me agrada e que me faz ter pena de não ser suficientemente abnegada para deixar que o papel me roube as formas...
Jardin Seco, de Fernando Zóbel.
1 Comments:
Todos nós temos os nossos problemas com as aguarelas. Eu tenho o problema enorme da preguiça. Podia colorir muito mais do que faço, mas só o trabalho de andar a misturar cores e de ir buscar água e depois deitar a água fora e lavar pincéis.
Uff. Uma seca.
Mas também aprecio aguarelas. Há quem lhes mexa bastante bem. Vê as do Turner ou as do Delacroix. Boas como o milho.
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