segunda-feira, março 13, 2006

MACAU

para o Zé Carlos, um velho amigo 'perdido' por terras orientais:

Um território orgânico e receptivo; um lugar de desembarque. É por assentar nesta espécie de vazio que o 'jogo' lhe fica tão bem,...


Resulta da particular tensão entre opostos que estão de costas voltadas. Dir-se-ia que só culturas tão extremadas, a ocidente e a oriente, se podiam circunscrever e coexistir tão criativamente. Como se houvesse uma espécie de transparência recíproca, um descruzamento que permite que a vida suceda. Em Macau está tudo transformado, por ser reflexo de muitas mãos apertadas.


Ana Vaz Milheiro
, in 'PÚBLICO, 4 de Março de 2006'.

1 Comments:

pelas 12:43 da manhã, Blogger José Carlos Matias (馬天龍) instalou-se e disse...

Obrigado por te lembrares deste teu velho amigo imerso no Oriente. Não tinha reparado neste texto. De facto, a Ana Vaz Milheiro apanha bem o que se passa aqui. São vidas paralelas, que coexistem mnum espaço por vezes exíguo.
Como o Carlos Morais José, antropólogo e poeta português de Macau, disse um dia: "a coexistência aqui é semlehante à de um casal idoso, que dorme de costas voltadas, mas que se sente bem em saber que o parceiro está ali, mesmo ao lado".
Beijinhos, com saudades,
Zé Carlos

 

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