segunda-feira, março 28, 2005

POESIA

Dizia Jorge Silva Melo acerca de Luís Quintais e sua poesia:

Entendo-me bem com esta nomeação dos lugares, lugares visitados, habitados, imaginados, citados de citação, este passeio permanente, esta insistência, como se a poesia fosse, homérica, o imaginado nome que se incrusta na paisagem, na ponte, na praça.



E se a poesia fosse isso: lápide incerta, seta inscrita na parede, caminho de passeante que repetidamente regrassa e caminha, cristalizando, mapa, lista, nomeando Scila e Caribdis onde os geógrafos inventaram o estreito de Messina, se a poesia fosse apenas uma outra geografia, contínua, persistente, interrompida, recomeçada?

2 Comments:

pelas 9:49 da manhã, Anonymous Anónimo instalou-se e disse...

"se a poesia fosse apenas uma outra geografia, contínua, persistente, interrompida, recomeçada?"

Se calhar até é..

 
pelas 4:51 da tarde, Anonymous Anónimo instalou-se e disse...

respeito imenso jorge silva e melo apesar de pouco saber da sua obra. mas admiro a sua coerência.

 

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