domingo, maio 28, 2006

RAMPA PARA...

Gosto de land art, é pública, para todos, podemos só vê-la, mas se tivermos mesmo sorte podemos fazer parte dela e usufruir da obra de arte como se de pura paisagem natural se tratasse...
Homage to El Lissitzky, de Lucien den Arend.

segunda-feira, maio 22, 2006

FARDOS

O dia estava a ser comprido, sentia-me como um pastor cujas ovelhas insatisfeitas teimam em não querer voltar para casa.
Tendo saído da estrada em direcção ao monte ia compreendendo que as distâncias relativas me tinham, mais uma vez, enganado. Fui avançando lentamente alternando alguns passos com uma temporada sentada nos fardos de palha. Começava a ver o monte cada vez mais longe, mas em troca assumia o acto de avançar como um fim. A viagem como objectivo...

Fardos na Quinta do Bispo.

quarta-feira, maio 17, 2006

BOLSAS COM BOLAS

terça-feira, maio 16, 2006

TRAÇOS COM RASTO

Eu não gostava muito de aguarelas, quando era pequenina pensava sempre que aquelas tintas, que tão facilmente se esborratavam e que se esvaíam para cada lado do papel, eram um atropelo às formas que eu ía delineando com o lápis.
Agora gostava imenso de ter tido mais paciência e de ter observado o suave fugir da côr, enquanto o papel, com aquela atitude tão orgânica, ía absorvendo a água colorida e formando os seus próprios padrões, à minha revelia!
Hoje uma menina falou-me de tintas e deixo aqui uma aguarela que muito me agrada e que me faz ter pena de não ser suficientemente abnegada para deixar que o papel me roube as formas...


Jardin Seco, de Fernando Zóbel.

sábado, maio 13, 2006

AUTO-ESTRADA NOCTURNA

Vicente saiu de casa munido com os discos de luz, tirou uns morfes do frigorífico e a erva da caixinha secreta para rumar até ao cimo do monte, mesmo atrás da zona industrial deserta durante a noite. Sentou-se no lancil enquanto enrolava uma bricola e bebia um suminho fresco, estava uma noite bestial, gostava destas noites de Primavera.
Terminado o lanche sacou para fora da mochila os discos de luz e lançou-os em direcção à Lua, ganhou balanço e saltou. Saltou num salto espectacular, daqueles que se têm que rever em slow motion, e aterrou no primeiro disco olhando em volta para garantir que a solidão continuava absoluta.
Então, já mais entusiasmado, continuou pela noite fora a saltitar de disco de luz em disco de luz, percorrendo o céu acima da linha do horizonte até à aurora surgir.

Rasto da luz da lua e dos candeeiros, Torres Novas.

quinta-feira, maio 11, 2006

SUSPENDER AS CORES

Chueca, por altura do Natal do ano que já passou.

terça-feira, maio 09, 2006

PONTOS

Claire está grávida, espera por uma menina mas ainda não sabe, pensa para si como disfarçar uma gravidez inesperada, pensa, enquanto dá tempo ao tempo, em como vai ter uma criança sem que ninguém se aperceba.

Depois de ter sido recusada uma vez volta a pedir trabalho a uma bordadeira de renome, largando entretanto o seu emprego no Intermarche, consegue ganhar a vida enquanto bordadeira.


Passa o tempo, continua a bordar, continua a evitar conhecidos, continua a não regressar a casa para que ninguém se apreceba de que vai ser mãe.


Conhece Guillaume, estreita relações com Mme. Mélikian e decide ser mãe da sua bebé.


Não é um filme comum sobre o drama da escolha entre ser mãe ou delegar noutrém essa responsabilidade, é mais um filme sobre o encontro de si e sobre as escolhas inerentes ao crescimento. Com imagens soberbas é um filme bonito que vou manter na memória por muito tempo.

Brodeuses de Éléonore Faucher. France, 2004.

quinta-feira, maio 04, 2006

EU E A PRETA!

terça-feira, maio 02, 2006

À BEIRA DO MAR

A Foz em tons de rosa e cinza, sem o verde da Figueira.