terça-feira, janeiro 31, 2006

TRUZ, TRUZ!!!!

Como não sabia que desenho escolher para colocar aqui, escolhi o que tem um presente à porta, um presente bonito, que desperta a curiosidade para saber que está lá dentro, o que vai saltar, ou se não salta!

cada um destes desenhos dava uma história, alguns davam muitas...

segunda-feira, janeiro 30, 2006

CLICK!

Pirulento saltitou de corda em corda, escorregou na fivela, agarrou-se a um buraco, voltou a levantar-se e segurou-se na patilha de segurança.
Lentamente conseguiu chegar à lente, olhou lá para dentro e não viu nada, espreitou, espreitou e viu preto, muito preto, mais preto...

Depois da longa viagem continuou sem conseguir perceber de onde saíam aquelas imagens magníficas! Ouvia o schkk schkkk, o tric, o vzzzttt.... mas cores, formas e luz, nada!

Ía continuar a observar aquele artefacto tão negro de onde saíam elementos insignificantes, mas que mais tarde reluziam aos olhos de todos, contando ao mundo o que intimamente uns olhos viram e sentiram através da objectiva.

domingo, janeiro 22, 2006

TRAÇAR A LINHA...

ABSTRACÇÕES

Dos representantes da abstracção geométrica, Pablo Palazuelo fixa-se na memória pela profundidade dos volumes que imprime na tela, e pelas cores simples que usa como complemento das suas formas complexas ou mais simples.

sábado, janeiro 21, 2006

TRAN ANH HUNG

é a primeira longa metragem de Tran Anh Hung, um vietnamita residente em França, e ficou-me na memória por ser um dos filmes mais relaxantes que alguma vez vi.
Procurei várias imagens para colocar neste post, mas quase nenhuma das que surgiram, faz justiça ao cariz contemplativo que acompanha todo o filme.
Uma menina pobre que vai para a grande cidade, trabalhar para casa de uma família, que a acolhe como criada e que acaba por a deixar partir como uma filha. Mùi vai então trabalhar para casa de um pianista que a ensina a ler.
A história é básica mas a melodia, as plantas e os sons da fauna que a acompanham, transformam esta hora e meia num veradeiro momento de prazer.
O filme não é novo, é de 93, mas para mim foi uma grande novidade.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

PEQUENOS SERES AZULADOS

Brincavam no terraço de forma espontânea e despreocupada, nunca se lembravam de que o lusco-fusco era hora de recolher a casa, nem tão pouco de que a essa mesma hora um jantar fumegante esperava por eles na mesa da cozinha.
Enquanto saltitavam, o cinzento desaparecia e apenas as paletas do arco-íris contavam enquanto ao pé coxinho percorriam a ladeira de uma ponta à outra, para cima, para baixo, para cima, para baixo...
Pequenas bolhas prestes a ser gente, pequenos seres que ainda não compreeendiam na sua plenitude as pequenas incoerências da vida, gente para quem a perda de um berlinde custava uma noite de choro fungoso e uma manhã de olhos inchados como papos esponjosos de carne rósea.

Mais tarde os seus olhos, já habituados ao giz, às letras e aos númeors, com os olhos instrumentalizados para a leitura e a mente adepta do cálculo, começavam a fundir-se naqueles tons monocromáticos, começavam a descer calmamente a rua, e a subi-la penosamente no regresso, começavam a preferir uma cor, deixavam para trás as questiúnculas do jogo do elástico ou as rixas da linha da baliza...

Tingiam-se individualmente na superfície vítrea do espelho, os papos de choro pueril tornaram-se olheiras cinzentas de cansaço...
As pequenas minudências que os transformavam em seres com pensamentos intangíveis, desapareciam perante sólidas questões que os perseguiam rua acima, rua abaixo, rua acima, rua abaixo...

quinta-feira, janeiro 12, 2006

TINTAS...

Tannerie de Fez

(é este o espaço que me vem à memória quando vejo essa tela de Klee...)

quarta-feira, janeiro 11, 2006

LARGADA

Emília deixou-se levar pelas convicções e saiu mal humorada daquela entrevista estéril.
Ao virar a esquina percebeu que se calhar estaria a ser infantil e que, mesmo que nunca resultasse em nada, deveria ter concluído aquele ritual de passagem.
Calcorreou as ruas em direcção à faculdade, pensava no que diria aos colegas que a esperavam ansiosos sentados em volta de uma mesa do bar.
Subitamente sentiu-se incapaz de falar, decidiu que não queria falar do assunto e que dissecá-lo estava fora de questão.
Deu por si à porta de casa, hesitou por um nano-segundo e meteu a chave à porta, entrou.


Subiu as escadas a correr, olhou para trás, por hoje encerrava o dia, amanhã desceria as escadas outra vez e começaria uma nova etapa.

terça-feira, janeiro 10, 2006

PORTFOLIO

domingo, janeiro 08, 2006

CORDEL

Procura-se
inspiração e capacidade de organização...

Tenho as ideias todas num pequeno role,

e é urgente começar a tirá-las...

quinta-feira, janeiro 05, 2006

INTERREGNOS


De vez em quando dá-me para fazer um mapa mental dos percursos percorridos...

Réseaux des stoppages, Marcel Duchamp,1914.

Outras vezes só consigo olhar para o que vem a seguir e encarar tudo o resto como uma grande névoa...

Beige, amarillo y púrpura, Mark Rothko, 1956.